Como vê o fechamento recente de algumas escolas particulares devido a mais uma onda de Covid-19?
Nós sabíamos que uma hora ou outra deveríamos tentar retornar a um ritmo normal de vida pré-pandemia, mas ainda não sabíamos dizer quando estaríamos prontos para isso. O que a liberação do uso das máscaras em todos os ambientes mostrou, nos últimos meses, é que o covid ainda está aí e nós ainda precisamos continuar tomando cuidados.
Isso demonstra como foi importante o passo que empresas e pessoas deram de migrar tudo o que foi possível para o formato online e à distância. Quem apostou nesse formato desde cedo hoje não terá problemas em retornar a ele onde for necessário.
O ensino on-line, nesse sentido, é algo que deve permanecer no radar das escolas por algum tempo?
Acredito que o ensino online realmente veio para ficar. Nós já vinhamos acompanhando o surgimento de diversos cursos online, principalmente no ensino superior, com um certo grau de sucesso.
Entretanto, muitas das escolas de ensino básico tiveram dificuldades em levar suas aulas para o modelo online. Milhões de studantes dos ensinos fundamental e médio viram a qualidade da sua educação cair nesse período enquanto escolas se esforçavam para criar um espaço que não só reunisse esses alunos online, mas que também fosse capaz de entregar uma metodologia de ensino que realmente funcione nesse formato, a fim de que estudantes não perdessem conteúdo e aprendizado nesse processo.
Quem não fez a sua parte, sentiu as consequências no retorno às aulas presenciais, com diversos alunos necessitando de reforço para recuperar o que foi perdido nesses últimos anos.
É preciso ser capaz de se adaptar, de buscar novas metodologias de ensino que dêem essa flexibilidade para instituições, famílias e estudantes, para que todos possam sair ganhando com esse processo que se tornou não só necessário, como até mesmo atrativo para muita gente.
É preciso lembrar também que as escolas têm, além das aulas do currículo do ensino básico, outros programas extracurriculares que também precisaram fechar suas salas de aula. Nosso programa de high school, que oferecemos no contraturno para dezenas de escolas parceiras no Brasil, migrou para um modelo online, ou híbrido, em poucos dias, porque era uma experiência que já tínhamos nos Estados Unidos. Sabíamos da sua importância e dos seus benefícios, mas agora percebemos que o modelo de esnino online é melhor aceito entre pais e alunos – muitas de nossas turmas sequer voltaram para o presencial com o abrandamento da pandemia.
Como as escolas aprenderam com o anterior e longo período de fechamento para aprimorar o ensino remoto?
Acredito que as escolas foram forçadas a aprender como utilizar o ensino online, mas muitas delas encontraram dificuldades, porque tentaram manter o mesmo modelo de ensino tradicional, presencial, na nova realidade.
Na Centric Learning, nós utilizamos o modelo de ensino híbrido há muitos anos, desde antes da pandemia, porque buscamos nos adaptar à realidade de nossos estudantes, que muitas vezes têm uma agenda cheia. Assim, estudar de casa e no horário que for melhor para eles, acaba se tornando um atrativo. Nesse modelo, sabíamos desde cedo que seria impossível tentar repetir online o que era feito em uma sala de aula presencialmente. Assim, adaptamos uma metodologia ativa de Aprendizado Baseada em Projetos que oferece ao estudante bastante independência e liberdade em seu processo de aprendizagem, com conteúdos inspirados em situações reais e que instigam o aluno a aprender por interesse próprio e não por necessidade.
Assim, acho que o principal aprendizado que ficou dos primeiros anos da pandemia foi que aulas online não funcionam da mesma forma que as presenciais. Escolas, professores, pais e alunos entenderam que o ritmo, o funcionamento é diferente. O que elas não podem fazer é permitir que as aulas continuem assim. Agora que estamos nos vendo obrigados a retornar para o ensino online, precisamos estar melhor preparados para oferecer um ensino de qualidade para todos.
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